terça-feira, 14 de fevereiro de 2012

E-books e leitores digitais: muita conversa, pouca opção

Será que é uma cruzada quixotesca acreditar no mercado para leitores digitais? O plano era terminar o post com esta dúvida. Resolvi inverter tudo de última hora. Calma, eu explico o que me levou a esta dúvida. Empacotando minhas coisas para minha nova casa de confortáveis e poupudos 55m² percebi o quanto algumas caixas de livros podem fazer volume e um belo estrago num ambiente… Ahm… Bem pequeno (para ser generoso).
O primeiro passo rumo a este novo mundo foi o download de um interessante acervo de obras disponibilizadas gratuitamente no próprio SD. Pena que telas de computador, notebooks e tablets não são as mais agradáveis para quem está acostumado a sessões longas de leitura. É possível, mas nada confortável e muito menos saudável. A prática constante da leitura na frente do PC pode causar dores de cabeça, ardência nos olhos, dificuldade em focar a visão e aversão à luz. =S

A questão do espaço foi resolvida, mas ainda restavam dois problemas: o aparelho leitor e os e-books em si. Começando pelas obras, é complicado encontrar lançamentos para comprar/baixar na rede. Você vai até uma livraria e encontra a prateleira cheia de boas leituras. Porém, na prateleira virtual (da mesma loja) nenhum destes novos escritos está disponível. Pior: as livrarias ainda se aproveitam para vender versões de obras de domínio público, clássicos de Machado de Assis, Shakespeare e outros que você tem direito de possuir de forma livre. Pior 2: na maioria dos casos o preço da obra virtual é o mesmo da versão física!
A gente tenta abandonar o livro físico, mas anda difícil…
Isso nos leva para a segundo nó que ainda precisa ser desatado: os leitores de livros digitais. O mercado é polarizado entre poucas opções que, em geral, estão pouco acessíveis ao brasileiro. Para adquirir um Kindle, por exemplo, é preciso um cartão de crédito internacional e o bolso pronto para pagar duas vezes: uma para a Amazon e outra para o leão. O concorrente Nook, da Barnes & Noble, não é vendido para terras tupiniquins – você pode tentar a sorte via eBay, Mercado Livre e outros.

O brasileiro, Positivo Alpha, ainda tem um preço pouco atrativo de R$699. O que é um pouco mais caro do que comprar um Kindle ou Nook, mesmo com taxas de importação. Por toda a internet o tema é debatido e o concenso parece ser de que o e-reader escolhido será seu último livro. Então, vale a pena pensar e escolhê-lo com carinho, pesando questões como sistema operacional, opcionais de conexão e arquivos com DRM.
Isso sem entrar no campo da política de negócios no mínimo duvidosa. Cada livraria tenta amarrar o consumidor ao seu formato lido pelo seu aparelho, por consequência, você terá de comprar livros num lugar só. Por essas e outras, ainda não decidi qual o leitor ideal.
Enquanto isso…
O cenário parece estar melhorando. Lentamente as livrarias vão abrindo opções para as traças de livros virtuais. Na Bienal do livro que está rolando no Rio de Janeiro, a presidente Dilma prometeu um programa para baratear os livros. Vamos ver se essa iniciativa realmente chega até nossos e-books/e-readers. Afinal, não há muito para onde correr… Pagar pelo serviço de armazenamento de livros? Estantes e prateleiras de teto e chão? Plantar umas edições de Silmarillion no quintal para ver se brotam umas mudas de O senhor dos anéis?! Pô, me ajuda aí, Dilma!
Dica: leia a matéria de  e-book versus livros que lançamos a pouco tempo.

0 comentários:

Postar um comentário

Related Posts Plugin for WordPress, Blogger...